Oi Marcos.
A pergunta que você me faz é bastante difícil de responder. Para começar, eu preciso concordar com sua premissa, mas acho-a muito “generalista”. Há alguns bons diretores no Brasil, como há diretores não tão bons na Argentina. De qualquer forma, o cinema argentino atualmente me interessa mais que o brasileiro, por dois motivos principais: eles me falam de coisas mais significativas e atuais, numa linguagem mais forte.
Penso que o cinema brasileiro, se posso generalizar, como você fez, padece de dois problemas centrais. Primeiro, a má formação cultural de alguns diretores e técnicos (precária cultura visual, dramatúrgica, literária e cinematográfica); percebe-se que eles têm dificuldades para dirigir os atores, para explorar de maneira forte e singular a linguagem com que estão lidando (o trabalho dos diálogos, enquadramentos, iluminação, montagem etc.), que eles não viram ou não estudaram os grandes filmes e diretores, que não refletiram sobre o cinema, que não leram os livros importantes, que se apegam a fórmulas visuais consagradas e estilos fáceis e convencionais de dramaturgia.
Em segundo lugar, raramente consigo captar a necessidade que moveu os realizadores brasileiros a criar seus filmes, a razão por que decidiram fazê-los, a quem pretendem falar, sobre que aspecto da vida (brasileira ou em geral) querem lançar luz. São produções anódinas, que parecem não ter objetivo nenhum, nem mesmo a de arrebatar o público (o que me leva a dizer que alguns dos melhores filmes brasileiros atuais são justamente os mais comerciais, pois ao menos têm por interesse entreter a plateia e se esmeram para alcançar esse objetivo).
Qualquer coisa, por favor me escreva.
Um abraço e boa sorte no blog.
Alcino
O escocês Peter Higgs previu em um artigo publicado em 1964 no periódico científico Physical Review Letters que é uma partícula o que dá massa à matéria. Chamada de bóson de Higgs, em homenagem ao britânico, ela é mais conhecida como “partícula de Deus” e seria a última peça no quebra-cabeça do Modelo Padrão, a teoria que descreve as partículas elementares.
Segundo o Modelo Padrão, os bósons são as partículas que interagem com outras e criam as forças fundamentais – forte e fraca -, que atuam no núcleo atômico, e eletromagnética (há ainda a gravidade, para a qual alguns teóricos defendem existir o gráviton, ainda não comprovado). Higgs afirmou que a massa não seria das próprias partículas, mas resultado da ação de um bóson que reage mais com umas do que com outras.
Como isso ocorre? Os físicos explicam que as partículas colidem com o bóson de Higgs e ficam mais lentas, o que lhes dá massa – e isso difere elas das partículas de pura energia, como o fóton. Algumas colidem mais, outras menos, e isso explica a diferença na massa.
Tendo como primeiro objetivo achar o bóson de Higgs, o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) construiu o LHC, um dos experimentos científicos mais caros da história.
Com informações da AFP